quinta-feira, 20 de março de 2014

Olá mundo, nós somos Portugal


Para quem já leva o Hugo Almeida ao Mundial do Brasil e julga ter hipóteses de vencer, levar a Suzy ao Festival da Canção faz todo o sentido. O que é que esta música, intitulada "Quero ser tua" e escrita por Emanuel, nos terá para oferecer?

Muito pouco. Quase nada, vá. A canção pimba conta com 26 versos. Em 18 destes, a cantora afirma com toda a intenção que quer ser "dele". Quem é ele? Não sei. Mas provavelmente, é graças a ele que vamos ter a Suzy a representar-nos perante o mundo. O que é chato. Assim vai ser difícil vencer a competição. Porque os habitantes de Castro Verde que votaram para que esta música fosse a escolhida não moram em mais lado nenhum, para depois terem peso ao votar numa fase mais avançada da prova. 

O panorama musical português vai muito para além da música pimba. Depois riem-se de nós lá fora, e com razão. Já bastava o Paulo Machado ontem andar a passear o seu bigode por "Old Trafford". Que no final do jogo, em vez de distribuir autógrafos pelos adeptos, pôs a t-shirt ao ombro e andou a servir caracóis pelas bancadas. É pena não podermos mostrar ao resto do mundo que conseguimos produzir alguma música com qualidade, cujos instrumentos não se limitem a um acordeão e a dois tambores. Tocados por brasileiros, para piorar. 

Temos de melhorar isto de escolher aquilo em que somos bons. Tanto trabalho a fazer coisas com qualidade, para depois deixarmos esta rapariga ir dizer, vezes sem conta, "quero ser tua", lá para fora. O que vale é a persistência de muito bons artistas portugueses, que, com as devidas dificuldades, tentam reverter esta situação. 

terça-feira, 4 de março de 2014

Paulo Fonseca, Leverkusen e Licá


Antes de mais, vamos relacionar o título. O Paulo Fonseca, treinador do Porto, que confundiu o Frankfurt com o Leverkusen, está a tratar de destruir o meu clube, e começou a fazê-lo quando se lembrou de contratar o Licá.

É preciso recuar à época de 2004/2005 para observar um recorde de jogos com tão maus resultados como aqueles que o Paulo Fonseca está a obter. E quer bater esse recorde. Dá-me a impressão que é uma tarefa que vai cumprir. Chegou o homem ao clube grande da cidade invicta, e fiquei logo satisfeito por verificar que, nas conferências de imprensa, deixara de usar um boné da "LabMED" nas conferências de imprensa, como acontecia no Paços de Ferreira. Bons indicativos para uma época cheia de sucessos.

Errado. Ganha-se em estilo, perde-se em futebol. Pareceu-lhe correcto "deixar fugir" o Iturbe e o Atsu, adquirir o passe do valioso Licá e insistir em deixar jogar o Varela. Errado outra vez. Não resultou a estratégia de utilizar o Licá para transaccionar drogas aos adversários e o Varela faz questão de não abdicar de comer francesinhas ao pequeno-almoço. O ataque do porto, em certos jogos, chega a ser nulo.

Julgou que o Fernando esteve sozinho no meio campo defensivo durante demasiado tempo, e que precisava de um amigo. Meteu um mexicano num avião e eis que chega Herrera, que esgota o stock de cotonetes por cada hotel que passa, quando o Porto joga na condição de visitante. Paulo Fonseca confuso outra vez, a ler mal o sistema táctico.

Mais recentemente, teve problemas com o Maicon. Passou meia época a tentar que o central conseguisse crescer algum cabelo, porque se chateava com a luz que a sua cabeça reflectia, mas não teve sucesso. Relegou-o para o banco, Abdoulaye ascende a titular e terminam por aqui quaisquer aspirações de sucesso desportivo para esta época.

Apenas de felicitar o desempenho de Quaresma, que dá alguma alegria às exibições do Porto, quando o Jackson fica vesgo a meio de um lance ofensivo ou o Helton pensa ter a qualidade técnica do Ronaldinho.