segunda-feira, 2 de junho de 2014

Festivais Que Nunca Mais Acabam - ROCK IN RIO


Terminou ontem o Rock in Rio Lisboa, que contou com a participação dos Rolling Stones, nome mais aguardado para este festival. O concerto correu muito bem, começando pelo facto de ainda não ter sido desta vez que Mick Jagger faleceu a meio de uma actuação. 90 mil pessoas assistiram de perto a "Satisfaction" e tiveram também o previlégio de ver em palco dois monstros do rock. Um algo mais pelo aspecto, mas ambos pela sua virtuosidade. Mick Jagger e Bruce Springsten, a certa altura, partilharam o palco para dar ao público um pouco da magia que o Rock n' Roll ainda carrega consigo e tornaram o concerto inesquecível para aqueles que gastaram os 70 euros prometidos para este dia.


Outra das figuras foi, sem dúvida, Justin Timberlake, que igualou praticamente o êxito que foi a sua passagem pelo mesmo festival no Brasil, durante o ano passado. O cantor proporcionou um excelente espectáculo após a actuação de Jessie J, que tirou o som a muitas televisões cujos donos não estavam interessados na sua música, mas sim na sua indumentária. Ou falta dela.


Tivemos também, outra vez, o nosso emplastro do Rock in Rio, Ivete Sangalo. Esta senhora não falha uma edição. Temos sempre de contar com uma possibilidade para cabeça de cartaz a menos, porque nos estamos a referir ao que já poderia ser o "Rock in Ivete", salvo seja. Também tivemos outra vez os Xutos a ocupar uma vaga no cartaz, como se não tivéssemos a possibilidade de os ver durante todo o ano, numa feira de enchidos qualquer. Ah, e Zé Pedro continua a enganar tudo e todos, quando ninguém se parece aperceber de que a sua presença em palco, para a banda, é tão importante como a de Cavaco Silva no governo.

Os Linkin Park assustaram pela facilidade com que alternavam entre a boa música que produziam no início da sua carreira e aquilo que pareciam covers sucessivos do pior que se faz em electrónica, hoje em dia. De exaltar Gary Clark Jr., que foi ao Mississipi para nos trazer o excelente blues que ainda se toca por aí, Josh Homme, que aumentou o som que estava pré-definido para as guitarras e Boss AC, que continua a engordar.


No geral, podemos dizer que este Rock in Rio correu bastante bem. Só fico aborrecido por uma coisa. Deram demasiado tempo de antena ao João Pedro Pais. E ele entusiasma-se com facilidade.

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