sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

É natal


Natal… Sobremesas tão boas durante tantos dias. Se não fossem todas à base de frutos ou vegetais.

Portanto, imagino que muita gente possa ter a satisfação de se sentar à mesa e enfardar os típicos “doces” natalícios de que tanto gostam. Pois, isso não acontece comigo, infelizmente. E, para ser sincero, custa-me acreditar que o comum dos mortais aprecie assim tanto comer doces e bolos que poderiam muito bem pertencer ao cartaz de uma feira de legumes, em Marco de Canavezes.

A palavra ‘doce’ aparece aqui com um efeito um pouco contraditório. É doce, mas pouquinho. Porque não me enganam com rabanadas, que acabam por ser só pão com molho e açúcar. Ainda por cima côdeas. Vou agora comer côdeas… Nem com Bolo Rei. Rei de quê? Das passas? Ou das pevides? O que é feito do bolo de chocolate, bolo de bolacha ou até mesmo do bolo de “qualquer coisa doce”? Já para não falar destes: arroz doce, sonhos de abóbora, aletria e azevias de batata-doce. Todas estes têm na sua composição, nomes de legumes ou de fruta. Pondero se há muito tempo, na data de criação destas iguarias, o responsável não terá sido um cavalo ou uma girafa.

Mas é pena. Se não são os doces que me fazem gostar do natal, sobram as prendas e a família. Como prendas agora são à base de meias e postais, fruto do trabalho dos cabeçud… políticos do nosso país, fico-me pelo vinho do porto e jogos de lerpa com os meus avós.

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