domingo, 23 de fevereiro de 2014

Domingo à tarde


"Portugal em Festa". Se festa em Portugal for sinónimo de ouvir o Melão ou de ver o José Figueiras novamente empregado.

Já lá vai o tempo em que, aos domingos, me podia dar ao luxo de, no sofá, assistir a uma sequela do "American Pie" ou do "Die Hard". Hoje vejo o lar de Moscavide a fletir as pernas se estes programas forem em Moscavide, ou o lar da Póvoa repleto de chapéus da "OK Teleseguros", caso os programas se desenrolem na Póvoa do Varzim.

O que vale é que os programas não são muito grandes. Têm 5 horas. Passa num instante. Ou passava, se trocassem o tempo de antena que dão ao Nuno Eiró ou ao Figueiras pelo que têm as dançarinas que acompanham os "músicos" que actuam. Que vêm quase sempre de biquíni, mesmo quando existe uma forte probabilidade de passar um tornado pelo palco. Grande profissionalismo, que enalteço e encorajo. 

Mas não chega. Ver de vez em quando possíveis próximas concorrentes da "Casa dos Segredos" a dançar não é razão suficiente para me fazerem assistir a estes canais generalistas no domingo à tarde. Algo que não se aplica ao meu avô. O que também não é difícil.

Um problema chato que aparece aqui é o facto de estes programas vincarem tudo aquilo que está errado na cultura do nosso país. Música pimba, o José Figueiras e o 760 qualquer coisa, que se agrava quando a Júlia Pinheiro o entoa. Já fiz referência ao facto de não gostar do José Figueiras?

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