sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Música para alguns


É um privilégio o mundo em que hoje vivemos poder acolher músicos como Miley Cyrus ou Justin Bieber. Assim como é um facto eu adorar ironia.

Não é pelo facto de qualquer um destes artistas fazer um tipo de música que eu considero má. É pelo facto de qualquer um destes artistas fazer um tipo de música que eu considero muito má, e, como se não fosse razão suficiente, tentarem transformar esta relíquia da cultura num universo que nada tem a ver com o que é suposto ser música.

É com tristeza que posso hoje assistir ao que artistas, como os referidos em cima, trazem ao mundo. Desde as formas que utilizam para trazerem até si os focos da sociedade, às entidades que fazem das suas acções, notícias. Ora, ser músico não é acordar, pensar no próximo balde do lixo em que se pretende urinar, subir a um palco e cantar. Ou almoçar, lamber um martelo e subir a um palco para cantar. Ou melhor, até poderia ser, mas apenas se o último passo estivesse bem feito. Não me aquece nem arrefece que Jim Morrison quisesse estar sob o efeito de narcóticos durante um concerto. Continuaria a ser espectacular. Até melhor, talvez.

Foco aqui sobretudo estes dois indivíduos em especial, porque parecem-me ser os casos mais graves que, dia após dia, a música combate até à exaustão, já com um olho negro e sangue a escorrer pela boca, sem nunca baixar os braços.

Bom, vou até ali dançar com uma anã, volto em breve.






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